segunda-feira, 20 de abril de 2009

Escalada ao Morro Caratuva (ou quase...)

Bem pessoal, continuando com as caminhadas pelo Paraná, nesse último final de semana (18 e 19 de abril) atacamos o Morro do Caratuva, o segundo maior Pico do sul do Brasil, com 1850 metros de altitude.

Primeiro vou falar um pouco sobre esse lindo Pico do Sul do Brasil:

Morro Caratuva

Um passeio que vale a pena pelo visual e pela agradável caminhada por um dos trechos mais bonitos e preservados de mata atlântica no Brasil.

O Caratuva é a segunda maior montanha em altitude da região sul do Brasil, com 1850 metros.

A vegetação é composta em quase sua totalidade em Floresta Ombrófila Densa Montana e Alto-montana e de refúgios ecológicos.

Diferencia-se das outras montanhas próximas pela presença das antenas de rádio amador em seu cume, as quais podem ser vistas de longe.

A subida ao cume leva em torno de 3 horas, atravessando paisagens de rara beleza dentro da Floresta Atlântica, passando por rios, bromélias e caraguatás.

No seu cume a vegetação característica da região é a Caratuva, uma espécie de bambu anão de altitude e que batiza a montanha.

Uma planta agradável ao toque e de rara beleza.

Caratuvas

Do alto é possível avistar ao Leste o conjunto Ibeteruçu aonde localiza-se o Pico Paraná, litoral paranaense, principalmente a baía de Antonina. A Oeste, a represa do Capivari. Ao Norte, o Taipabuçu e o Ferraria. E na porção Sul / Sudeste / Sudoeste destacam-se o Itapiroca em primeiro plano, a seguir o Tucum e Camapuam e ao longe o imponente Ciririca.

Pico Paraná

Morro Ciririca

Baía de Antonina

Morro Itapiroca

Mais ao longe se avistam as montanhas das serras da Graciosa, Baitaca e do Marumbi.

A caixa de registros se encontra atrelada à segunda antena de Rádio Amador.

Sempre é bom lembrar que a área é caracterizada como área de preservação permanente .

Assim, todo o cuidado é pouco.

E lembre-se de seguir todas as regras de visitação de mínimo impacto.

Outro aviso importante é com relação às lanternas!

Como a maioria dos "acidentes" é causada direta ou indiretamente pela falta delas, é proibida a entrada na Fazenda Pico Paraná, de qualquer visitante que não esteja com sua própria lanterna e apito.

Vale a pena uma atenção redobrada, hein!


Agora Nossa Aventura:

Partimos de Curitiba as 6:30 hs em direção a Fazenda Pico Paraná pela BR-116.

Após o trevo do Atuba em Curitiba, são exatos 40 Km até o posto Tio Doca, que é avistado na BR-116 do lado esquerdo.

Passando o posto Tio Doca, loga a frente tem a ponte do Rio Tucum, no qual deve-se entrar a direita (antes da ponte) e seguir por uma estrada de chão batido por 5,5 Km.

Pronto, chegamos a Fazenda Pico Paraná.

Fazenda Pico Paraná


Após um breve período para preparativos, alongamento, fazer o cadastro e pagar as taxas da fazenda (R$ 10,00 por pessoa, no horário entre 7:00 e 20 hs, após as 20:00 e antes das 7:00 hs o valor é de R$ 15,00) iniciamos a subida do Morro Getúlio as 8:00 hs.

O Morro Getúlio é tem uma inclinação um pouco pesada e é considerado de nível médio para os praticantes, embora nós que não estamos com a forma física ideal achamos ele bem difícil e que exige demais das pernas.

Trilha do Morro Getúlio

Após 1,5 horas atingimos o pico do Morro Getúlio. Uma breve pausa para fotos e água e partimos a trilha do Caratuva.

Aí começaram nossos problemas...

Primeiro, por informações erradas de alguns companheiros que trabalham comigo e conheciam o local, estavámos com as mochilas carregadas de água, pois próximo ao cume do Caratuva não existe água... as costas estavam doendo e o cansaço estava batendo mais rápido que o esperado.

Chegando a bifurcação entre as trilhas do Caratuva e do Pico Paraná, decidimos que não atacássemos o Caratuva de frente, pegando a trilha mais utilizada para subir por ser um pouco pesada, então partimos em direção ao acampamento 1 para tentar subir o Caratuva por lá, onde a subida é um pouco mais leve.

Subida para o Caratuva de Frente

Já cansados e não conhecendo os arredores, seguimos em frente, pois com todo aquele peso seria mais fácil uma subida mais leve do que encarar de frente o cume do Caratuva.

Bifurcação - Trilha para o Caratuva - Pico Paraná

Um grande erro de estratégia...

A 10 minutos dali nos deparamos com uma bica com águas extremamente geladas e limpa... e pensar que estávamos carregando todo aquele peso até ali sem necessidade. Na volta ao trabalho vou conversar com os colegas sabichões que me deram essas dicas... :-)

Bica de Água

Seguimos em frente em um sobe e desce morros, com suas raízes a mostra e umas pequenas escaladas, numa trilha muito bonita e agradável de se caminhar, pela conservação e diversidade ecológica.

Trilha para o Pico Paraná

Exatamente ao meio dia chegávamos ao acampamento 1, que é muito utilizado pelos montanhistas para uma rápida parada ou até uma primeira pernoite.

Lugar maravilhoso, com visão privilegiada para o Pico Paraná, Morro Caratuva, Ciririca e a Baía de Antonina.

Vista do Acampamento 1 - Morro Ciririca

Vista do Acampamento 1 - Baia de Antonina

A partir dali estávamos apenas eu e a Marina, pois o Ale e a Gabriela precisavam voltar para Curitiba, pois ele ainda trabalharia à noite.

o Ale nos mostrou com a maior boa vontade onde ficava a trilha para o Caratuva deixando inclusive algumas marcas para seguirmos e partiu de volta com a Gabriela...

Aí começaram nossos problemas...

Descansamos alguns minutos e iniciamos o ataque para o Caratuva.

Primeiro precisaríamos subir um morro menor, o qual batizei de morro do inferno, por não saber o nome e por ser extremamente difícil sua subida.

Morro do Inferno

Mochila pesada, abrindo caminho por meio das caratuvas no peito e uma subida de tirar o fôlego.

30 minutos depois, quase no cume do morro do inferno, nos deparamos com uma grande pedra com uma corda para a subida.

Tentamos escalá-la mas foi impossível. Tudo muito liso, sem pontos de apoio e cansaço extremo...

A solução seria descer...

Voltamos abrindo caminho por entre as Caratuvas novamente e decidimos ficar no acampamento 1 mesmo.

LC no Acampamento 1

Conversamos com alguns montanhistas de passagem que disseram que esse caminho que havíamos tentado é mais utilizado para descida e a subida é feita pela bifurcação antes da bica, conforme o Ale havia dito.

Arrumamos as coisas para o jantar e veio a noite.

De jantar, um delicioso gnochi ao molho bolonhesa com suco de uva.

Gnochi entre as Montanhas

Mais tarde, um outro montanhista, o Paulo, juntou-se a nós trazendo uma garrafa de vinho Periquita, que caiu muito bem.

Paulo e LC no Acampamento 1

Uma noite fria, por volta de 5 graus e com muito vento.

Mesmo dentro da barraca, dentro do saco de dormir, estava um pouco frio.

Era impossível dormir mais de 20 minutos seguidos, pois não levamos isolante térmico e as costas congelavam. Ficavamos virando de lado, de bruço, de lado de novo a cada 15 minutos, torcendo para amanhecer logo.

7 horas da manhã levantamos, tomamos o café e resolvemos arrumar as coisas para a volta.

LC com o Pico Paraná ao Fundo

9:30 hs, após ver o maravilhoso nascer do sol, olhar para o Caratuva com um pequeno sentimento de frustração, partimos de volta pela trilha.

LC e o Morro Caratuva, ao Fundo - Até Dia 01 de Maio

A trilha foi bem tranquila e após 1,5 horas estávamos novamente na bica.

Marina na Bica

Comemos um lanche rápido e algumas bolachas e seguimos para o Getúlio.

Bem no cume do Getúlio que foi nosso maior problema, a Marina torceu o pé bem ao lado da pedra do Grito e seu tornozelo virou uma bola.

Pedra do Grito - Cume do Getúlio


Algumas lágrimas depois, eu fiz uma atadura, passei Gelol e dei a ela um relaxante muscular. Fizemos um par de muletas de galhos de árvores e tentamos iniciar a descida do Getúlio.

Marina e suas Muletas de Galhos

Algumas pessoas estavam na pedra do Grito e ofereceram ajuda, mas eles estavam indo em direção ao Pico Paraná e não descendo de volta, por isso iniciamos lentamente a descida do Getúlio.

A Marina ia descendo passo após passo, evitando encostar o pé esquerdo ao chão e eu ia na frente, sendo utilizado como escora as vezes e outras vezes tentando descrever o caminho e qual o cuidado que ela deveria tomar.

Marina e o Sofrimento da Descida

Após quase 3 horas (o que normalmente gasta-se no máximo 1 hora), muitas paradas e gemidos, chegávamos novamente a Fazenda Pico Paraná.

Exaustos, com dores nos pés, nas costas e em músculos que nem sabíamos que existiam, sentamos no gramado e tomamos muita água diretamente da fonte que existe lá.

Após todo esse sacrifício, dores e infelizmente essa contusão da Marina, só tínhamos uma grande certeza:

"Isso não vai ficar assim! Dessa vez o Caratuva nos venceu, mas no dia 1 de maio estaremos aqui de novo, pois perdemos a batalha, mas estamos longe de perder a guerra!"

LC e o Morro Caratuva

E para finalizar, Caratuva, nos aguarde, que dia primeiro de maio estaremos em seu cume nos divertindo com essa história e lembrando o quanto é maravilhoso estar em contato com a natureza, viver em harmonia, superando seus obstáculos e vendo o mais lindo por do sol do sul do país..."


Video do Acampamento 1 (Pico Paraná, Baía de Antonina, Morro Ciririca, Morro Itapiroca e Morro Caratuva):



Se quiserem ver as fotos dessa aventura, entre em:

http://picasaweb.google.com/theossi2/MorroCaratuvaPicoParanaCiriricaBaiaDeAntoninaEItapiroca#

Grande abraço e até dia 01/04/09.
LC

Dúvidas, dicas ou sugestões, estejam à vontade para contactar-me:
theossi@gmail.com

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Prudentópolis - PR

Mapa para Prudentópolis, Saindo de Curitiba

Nesse último final de semana e Páscoa, estivemos em Prudentópolis, conhecida como a terra das cachoeiras gigantes.

Fomos eu, Marina, Alexandre e seu filho Murilo, Gabriela e sua filha Lais.

Um ótimo final de semana cheio de emoção e divertimento.

Com o nosso guia Pedro (meu cunhado, irmão da Marina), morador e profundo conhecedor da região, desbravamos algumas cachoeiras dessa cidade surpreendente, conforme relato abaixo, mas primeiro vou falar um pouco sobre Prudentópolis:

Prudentópolis localiza-se à beira da BR-373 entre Ponta Grossa e Guarapuava (com acesso também pela BR-277 ao sul do município), a 203 km do município de Curitiba, capital do estado do Paraná.

Sobre o relevo ela apresenta diversas serras, sendo as principais Serra da Esperança, Serra da Rita e Serra do Barra Grande,ainda diversos morros acima de 1200 metros, entre eles Morro Morungava ou Chapéu Morro Trombudo e Trombudinho e ainda Cerro Preto e Cerro Azul e dezenas de cachoeiras.

A cidade paranaense abriga quedas d’água que assustam os mais audaciosos rapeleiros.

A do Salto São Francisco tem 196 metros de altura, a maior da região.

As trilhas molhadas são percorridas entre a mata verde.

Pelo caminho, cânions e pequenos animais silvestres fazem parte das belezas da cidade das cachoeiras.

Mas tudo vira detalhe, quando as surpreendentes cachoeiras aparecem entre os vales verdes.

Em Prudentópolis, muitos lugares ainda não foram explorados, e estão prontos para receber aventureiros em busca de novos mistérios e cachoeiras.

Prudentópolis se destaca pelas suas belezas naturais.

O município possui mais de 100 cachoeiras catalogadas, sendo que várias possuem mais de cem metros de altura.

Em Prudentópolis nasce o maior rio em extensão do Paraná, o rio Ivai, ele nasce no encontro do rio dos Patos com o rio São João.



Salto de São Francisco
(e Cachoeira Menor)



Na sexta-feira, 10/04/09, estivemos no Salto São Francisco (foto acima), um dos cartões postais do município, considerado o salto mais alto da região Sul e um dos mais altos do país, possui aproximadamente 196 metros de queda livre.


Proporciona um impressionante espetáculo, onde a água transforma-se em névoa antes de tocar no chão.

Possui potencial para a prática de rappel.

LC e Marina no Mirante

Cachoeira Menor

Antes desta queda maior existe a chamada Cachoeira Menor (acima), também de grande beleza. Nessa foto, o Pedro tomando um banho de cachoeira.

Caminho para o Salto São Francisco

O acesso ao salto São Francisco é de grande apelo cênico, atravessando parte da Serra da Boa Esperança, onde se localiza.

Localização: São Francisco

Distância: de Prudentópolis, 60 Km ( 22 km em asfalto e 38 km em estrada de cascalho, onde os últimos 15 Km estão impraticáveis).

Aconselho quem quiser ir até lá seguir por Guarapuava (100 Km de Prudentópolis + 5 Km de estrada de chão) e é pedagiado (R$ 7,50).


LC na Borda do Salto São Francisco

Borda do Salto São Francisco

Vídeo Salto São Francisco:







Salto São Sebastião


No Sábado, 11/04/09, nós fomos até o Salto São Sebatião, com 120 metros, com pouco volume de água.


Caminho para o Salto São Sebastião

Potencial para a prática de rappel e canyoning.


Vale do Salto São Sebastião

Em localização privilegiada, o Salto São Sebastião é de uma beleza ímpar. Com suas 2 cachoeiras, uma em frente a outra em um vale cheio de pedras, a visão que se tem lá embaixo é inebriante. Uma descida de 30 minutos por uma trilha de baixa para média dificuldade é o cartão de visitas desse local imperdível.

Salto Mlot

A água do Salto São Sebastião é bem gelada, pois o sol raramente bate em sua queda, mas o Salto Mlot, bem em frente tem as águas mornas e relaxantes. Um banho lá é o prêmio pela descida e nos faz revigorar para encarar a subida de volta.

Marina Embaixo do Salto São Sebastião

Na cabeceira do salto, de um mirante natural, é possível visualizar o Salto Mlot localizado bem a sua frente.

Localização: São Sebastião.

Distância: de Prudentópolis, 29 km (14 km em asfalto e 15 km em chão batido)
Trilha de baixo (descida) para médio (subida) grau de dificuldade.

Marina na Trilha de Acesso as Cachoeiras

Mapa Improvisado

Vídeo Salto São Sebastião:





Canion do Perehouski


Ainda no sábado, estivemos no Canion do Perehouski (ou Recanto Perehouski), uma área de lazer muito apreciada pela sua beleza natural e características geológicas singulares, apropriada para banho no Rio Barra Bonita, trilhas, observação da flora e fauna circundantes.


Formações Rochosas

Potencial para a Prática de Tirolesa e Rappel

Dentro da propriedade estão localizados três saltos de pequeno porte, que podem ser utilizados como duchas naturais.

Rio Barra Bonita

Entrada do Recanto Perehouski

Alexandre Numa das Piscinas Naturais

Localização: Linha Paraná.

Distância: de Prudentópolis, 24 km (14 km por asfalto e 10 km em chão batido).

Vídeo do Recanto Perehouski:





Para finalizar, uma foto com todos os trekkers que participaram dessa aventura (nomes na sequência) e convido a todos para conhecerem essa reserva natural que temos no Brasil, ainda pouco explorada e ainda não muito conhecida do público em geral. Vale a pena um final de semana lá, com custo baixo, divertimento, trilhas e muito verde para espairecer a mente e recarregar as baterias para uma nova semana pela frente!

Alexandre, Lais, Gabriela, Murilo, LC, Marina e Pedro

Até a próxima, que se tudo der certo, será nesse próximo final de semana no Morro Caratuva, na Serra do Marumbi, segunda montanha mais alta do Sul do Brasil, com seus imponentes 1860 metros!

Até lá!!!



Para ver mais fotos dessa aventura, clique em:

Salto São Francisco:
http://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=theossi2&target=ALBUM&id=5324030482160642593&authkey=Gv1sRgCNXq8aqeyb7BFg&invite=CPeA2fwJ&feat=email

Salto São Sebastião:
http://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=theossi2&target=ALBUM&id=5324031683924072593&authkey=Gv1sRgCLWOhp-kj8ui4gE&invite=CPmw2Ec&feat=email

Recanto Perehouski:
http://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=theossi2&target=ALBUM&id=5324029956245621329&authkey=Gv1sRgCNH_gYqz4bn0kgE&invite=CLrEsL8G&feat=email

sábado, 4 de abril de 2009

Travessia Morro do Canal - Morro do Vigia

Sabadão perfeito hoje. Após muitos anos voltei a escalar as montanhas. Fantástico, inesquecível, ou simplesmente a coisa que eu mais gosto de fazer.

Acordamos as 6:30 hs.

Tomamos café.

Partimos para o sítio do sr. Zezinho as 8:00 hs.
Após esperar o pessoal que nos acompanhou chegar de bike na parada do pegágio da BR 277, partimos as 9:00 hs para o sítio.

9:15 hs - Chegada ao sítio do sr. Zezinho

9:30 hs - Início do trekking para o Morro do Canal.

10:15 hs - Primeiro imprevisto, nem bem comecei e já tive uma leve torção em meu pé esquerdo (sempre ele).
10:30 hs - Ataque final ao cume do Morro do Canal, uma subida de uns 60° que exige demais das pernas e braços. Ainda bem que tem uma espécie de escadas de metal cravadas nas rochas e algumas cordas nas mais íngremes.

11:00 hs - Chegamos ao cume do Morro do Canal. São Pedro ajudou demais e o tempo estava ótimo. Uma visão privilegiada e para poucos. Dali avistamos São José dos Pinhais inteiro e grande parte de Curitiba. Alé é claro dos exuberantes morros, da represa e do próximo objetivo, o Morro da Pedra Amarela.
11:30 hs - Os nossos companheiros bikers acabam de chegar (claro que sem as magrelas) e fazemos um lanche e uma pausinha para a água.

12:00 hs - Iniciamos a descida do Canal, onde escorregões, tropeções, mãos e pernas cortadas, muito mato fechado, descidas íngremes e lama. Uma descida em queda quase livre apenas com cordas de mais ou menos 15 metros separam as crianças dos homens, e uma vez lá embaixo, a única escolha é prosseguir...
12:45 hs - Iniciamos a subida do Pedra Amarela, que fica ao lado do Pirocão. Subida maior mas mais leve que o do Canal, pois ela não é tão acentuada, variando de 30° a 45° por dentro da mata um pouco fechada. A vantagem é que com isso escapamos do sol.

13:30 hs - Cume do Pedra Amarela. Mais uma pausa para o esplêndido visual, agora com visão para quase todo o complexo Marumby, nos fazendo sonhar com as próximas aventuras. Mais um lanche rápido, água e descer...14:00 hs - Começamos a descer o Pedra Amarela em direção ao Morro do Vigia. Muitas pedras, mato fechado e muitos escorregões. As mulheres são as que estão mais reclamando...

14:30 hs - Inicio da subida da Torre do Vigia. Subida mais leve, pois contornamos todo o morro de pedras. Uma escalada leve em corda e mato para vencer. 15 minutos e estamos quase lá.

14:45 hs - Cume da Torre do Vigia. Visão privilegiada. São José dos Pinhais e Curitiba ao longe... Para trás todo o Complexo do Marumby e ao lado, nossos dois primeiros desafios vencidos, o Canal e o Pedra Amarela. 15 minutos de descanço no cume e...
15:00 hs - Inicio da descida da Torre do Vigia e trekking nível médio em direção ao sítio do sr. Zezinho. Mais escorregões, arranhões nas pernas e braços, alguns pequenos tombos, dor em músculos que nem sabíamos que tínhamos e finalmente...
15:55 hs - Chegada ao sítio do sr. Zezinho. Almoço com galinha caipira, polenta, arroz, feijão e salada, além e claro de várias Skol´s na mais que merecida comemoração dos primeiros 3 picos conquistados.
Faltam muitos ainda, mas temos que recomeçar uma hora, e nada melhor do que três de uma vez.

Chegamos em casa as 17:30 hs, banho demorado e cuidar dos arranhões no corpo todo.

Agora é só descançar e pensar na próxima semana: Trekking nas cachoeiras de Prudentópolis!

Quem quiser ver as fotos completas da nossa aventura nos Morros do Canal, Pedra Amarela e Vigia, clique no link abaixo:


http://picasaweb.google.com/theossi2/TravessiaMorroDoCanalMorroDoVigia#


Vídeo da Torre do Vigia:




Frase do Dia:

" - No cume de uma montanha eu acho que é o mais perto de Deus que posso chegar." - LC